Sobre o Processo de Autoconhecimento

O processo de autoconhecimento, diferentemente do psicoterapêutico que é feito por um determinado período, é contínuo, mas aliviador, pacificador e transformador.

Na medida em que ampliamos a nossa percepção e conseguimos nos despojar das nossas defesas, as nossas qualidades e distorções internas vão ficando cada vez mais evidentes. Porém, a simples consciência das nossas características pessoais, humanas e universais não é suficiente para alcançarmos uma verdadeira transformação das nossas características negativas que que muitas vezes estão ocultas em um conglomerado de antigas e resistentes “cargas” psicoemocionais muitas vezes somatizadas no nosso corpo físico.

Trata-se de um caminho no qual a pressa, a ansiedade, a dureza e a força de vontade não conseguem encurtá-lo. É um trabalho essencialmente pessoal mesmo que seja acompanhado por um facilitador. Requer uma boa estrutura psicológica, compromisso, determinação e perseverança. Envolve, além do entendimento, emoções, sentimentos e, algumas vezes, o contato e enfrentamento do sofrimento interno.

As palavras chave para obtenção do resultado pretendido são verdade e autorresponsabilização.

É preciso assumir a inteira responsabilidade pelas próprias distorções, vislumbrar suas repercussões nas diversas formas de relacionamento com o mundo e assim evitar indevidas projeções e culpabilizações dos outros e da vida.

O encontro com a verdade em si mesmo é enriquecedor, proporciona consciência, clareza, discernimento, coragem, maturidade e paz interior.