Sobre o Processo de Mudança – parte 2

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As mudanças mais difíceis no campo psicológico e as mudanças no âmbito espiritual acontecem continuamente e por etapas cada vez mais profundas. A Medida que as experiências acontecem ou se repetem na vida permitem que sejam retrabalhadas em níveis mais profundos.

A mutação acontece como um movimento espiralado e não retilíneo no qual as distorções pessoais tendem a perder a força e a se dissolverem naturalmente, a transmutarem-se, a se transformarem por meio da ampliação do seu significado, do abrandamento do seu dualismo e da integração progressiva da sua qualidade.

Trata-se de um gradual processo no qual é necessário integrar aspectos íntimos e qualidades essenciais e não apenas se libertar de aspectos indesejáveis. É semelhante a um garimpo e a uma lapidação capazes de fazer brilhar até as formas mais densas e opacas da alma.

A evolução pessoal no processo de mudança no campo espiritual pode ser aferida não apenas no âmbito pessoal e subjetivo do estado de espírito ou do corpo físico, mas pela maneira como seus efeitos repercutem no outro, no grupo, no meio. A vida externa do indivíduo é um indicador da sua mudança interior.

Se acreditamos que iniciamos um processo de mudança interior, mas estamos nos sentindo mal conosco, com os outros e com a vida, é sinal de que esse processo ainda não atingiu níveis mais profundos da nossa experiência pessoal e pode estar ocorrendo apenas na intenção ou na mente.

Um trabalho pessoal que gera depressão, sofrimento, mal-estar e intranquilidade por tempo prolongado é sinal de que há algo errado, de atuação de uma excessiva autoexigência, dureza e intransigência para consigo.  Sem auto aceitação não pode haver mudança interior.